O "rotas de fuga (para sonâmbulos)" é uma instalação artística interativa baseada em obras fotográficas do artista amazonense Mario Hirotoshi. A exposição é dividida em três partes, cada uma com uma série de do artista: "Finda, noite", "Dois terços de um sonho" e "Tem outro gosto viver".

A instalação possui caráter colaborativo e multimídia. As fotos interagem com diversas sensações, além de objetos criados especialmente para o projeto. As fotos são exibidas de várias formas, como diferentes tipos de impressões, enquadramentos e projeções.

Essa instalação é a versão visitada do “fuga (para sonâmbulos)”. Você pode me ver falando sobre o processo no vídeo em destaque, ou ler mais sobre aqui.

rotas de fuga (para sonâmbulos)

próximas exibições:

a serem anunciadas.

finalizadas:

manaus (am). galeria manaós. 2024, 28 de setembro a 26 de outubro.

o que é o “rotas de fuga (para sonâmbulos)”?

por Gabrielli Loys

“rotas de fuga (para sonâmbulos)” é resultado de um extenso diálogo do artista com as suas vivências durante os anos. Seus processos refletem diretamente essa conversa consigo sobre seu trabalho, e o resultado de experimentações e descobertas do seu eu artistico enquanto vivencia o mundo pré, durante e pós-pandemia.

Esse processo resulta na travessia de paisagens, pessoas, afetos e detalhes que podem até escapar a outros, mas que sintetizam a visão de tempo que se foi vivido, seja ele entre amigos, amores ou até mesmo em isolamento.

A instalação marca a síntese desse processo, descrito pelo artista como "uma viagem de si para si mesmo", e traz consigo a seleção e curadoria em seu acervo ao longo dos anos, convertidos metaforicamente em três atos: "Finda, Noite" com a animosidade pré-pandemia e o anseio de se viver a noite, em seus mais diversos aspectos, em seguida os devaneios de "Dois Terços de um Sonho", como uma infinita madrugada perdida entre a realidade e o sonho, dimensionando os sentimentos espaciais que possam surgir por ela e por fim, "Tem Outro Gosto Viver", com a esperança de um novo dia, novas vivências e a poética solar de metamorfose, abrangida não somente pela mudança do seu eu, mas como também o que se tornou o mundo pós-pandemia.

“rotas de fuga (para sonâmbulos)” é a jornada percorrida desse processo de crescimento, entendimento e amadurecimento, transcende a efemeridade do tempo e brinca com a dimensionalidade do espaço. Aqui, enfim, se encontram os fragmentos dessa viagem.

O que acontece no “rotas de fuga (para sonâmbulos)”?

por mario hirotoshi

Quando pensei no projeto, tive em mente os três momentos do “fuga (para sonâmbulos)”, e eu não queria que fosse uma exposição tão tradicional, que por si só já se mostrava um desafio grande.

Pensar na estrutura de atos da narrativa da série convida o espectador a viver três diferentes momentos, tais os quais eu senti nos momentos de criação. A arte de divulgação por si só já era um chamado para o mistério e aventura.

Ao adentrar a instalação, você é recebido com o texto acima publicado, da Gabi Loys. Em seguida, você está na sessão de “finda, noite”, o primeiro ato da jornada. Aqui, uma exposição de fotos, parte tradicional, climatizada, com boa iluminação, parte experimental, com projeções que continham intervenções criadas por NATU em minhas obras, além de elementos físicos visando a imersão nessa “festa” noturna pré-pandêmica, como um globo de luz posicionado de forma estranha.

No segundo momento, “dois terços de um sonho”, poucas fotos (seis, mais exatamente) e muitas cadeiras, convidando o público para se sentar e ver um curta-metragem de mesmo nome que a série. Ali, não rolava apenas uma exibição do curta, mas sim uma performance ao vivo do mesmo. Victor Neves, músico da Luneta Mágica e artista manauara, tocava ali uma composição sua feita através da técnica de live coding, enquanto eu reagia a música com os vídeos deste curta segmentados.

O terceiro momento era solar, como o corpo de trabalho pede. O “tem outro gosto viver”, o retorno de meu desejo pela vida, muito relacionado a abundância de luz que entrou na minha vida após a pandemia. Quem visita a instalação pode conferir as fotos expostas em cavaletes ao ar livre, debaixo de árvores.

É um evento o qual me orgulho muito e agradeço de coração a quem puder comparecer.

A equipe: